Ilustração: Fabz
Eu andei por aquelas ruas, caminhei todas elas. Sozinha.
Minha boneca me acompanhou todo o tempo. Ao meu lado ela
seguia a passos rápidos. Ela me olhou e apontou, e aqui estou eu, na porta da
casa das pessoas mortas.
Esperei por um minuto e o portão foi aberto. O moço
vestia uma roupa muito bonita, mas estava rasgada. Mamãe sempre me disse para
não usar nada rasgado, pois as pessoas poderiam falar. Meu vestidinho florido
estava intacto.
O moço mostrou o caminho. Havia muitas camas em todo o
salão, e em cada uma, uma pessoa dormia pela eternidade.
Vendo que eu me demorava em alguns pontos, ele me
esperava tentando sorrir para conquistar minha amizade. Que triste era ter um
sorriso falso. E olhos que demonstravam isso.
Chegamos onde ele queria. Mostrou várias camas, todas
pequenas. Todas ocupadas, todos descansando. E eu sorri. Havia feito um bom
trabalho na escola com os doces envenenados.
Celly Borges
É editora do selo Fantas, revisora, autora, e escreve resenhas no blog: Mundo de Fantas
Fabz
Seus trabalhos podem ser visualizados no site: flickr.com/fabz
Celly Borges
É editora do selo Fantas, revisora, autora, e escreve resenhas no blog: Mundo de Fantas
Fabz
Seus trabalhos podem ser visualizados no site: flickr.com/fabz
demais de bom! Um final de arrepiar! Adorei :D!
ResponderExcluirObrigada, mocinha ^.^
ExcluirQuem sabe o que se passa na cabeça das crianças?
ResponderExcluirCrianças podem ser cruéis...
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