Fotos: Marco Novack
Estrelando: Dimis Sores, Carolina Fauquemont, Nika Braun & Wagner Corrêa
Arte: Marja Calafange
Figurinos: Day Bernardini
Maquiagem: Carol Suss
Assistente de Maquiagem: Grace Lee França
Apoio: Trio Luz
Agradecimentos : Raquel Deliberali, Ato 1 Lab, Eugênia Castello & Andrea Tristão
Marco Novack
Publica suas imagens no site: http://www.marconovack.com.br
Arte: Marja Calafange
Figurinos: Day Bernardini
Maquiagem: Carol Suss
Assistente de Maquiagem: Grace Lee França
Apoio: Trio Luz
Agradecimentos : Raquel Deliberali, Ato 1 Lab, Eugênia Castello & Andrea Tristão
Parte 5
Fomos lá para casa e enquanto bebíamos,
eu só conseguia pensar nas camisinhas que permaneciam em segredo no bolso do
casaco.
Mostrei toda minha coleção de revistas
pulp e de fotonovelas – ela leu e interpretou alguns trechos. Depois li as minhas
crônicas novas, mas ela disse que preferia mais os de horror.
Então fui até o quarto e peguei o meu
roteiro abandonado das samambaias gigantes assassinas para saber o que achava.
Mônica deu várias risadas e achou bem melhor, mas acabamos não lendo tudo,
porque nos beijamos e rolamos sobre os papéis.
Só não fomos mais adiante porque a
campainha tocou. Achei estranho, porque ninguém me visitava tão tarde, entretanto
podia ser um pretexto para ir até a sala pegar as camisinhas no paletó.
Abri a porta e era o sujeito que eu
tinha pagado para matá-la, com revólver na mão, cobrando o resto da grana e
anunciando meu plano maquiavélico a plenos pulmões. Não adiantou pedir que
falasse mais baixo. Ele gritava: “Até entendo que você não queira mais “matá” a
vadia, mas quero as minhas quinhentas pratas que faltam!”
Mônica apareceu na sala, para saber quem
era e deu um grito quando viu o rosto do mesmo bandido que tentou nos assaltar
na porta do restaurante. Debruçada na janela, pediu socorro.
O bandido disse que eu que tinha
contratado ele para matá-la e que não fosse besta.
Eu me fiz de desentendido: “Como é que
é?”
Aproveitei a distração e agarrei o braço
dele. Acabou disparando uns tiros, mas por sorte eu consegui alcançar a faca
que estava sobre o criado-mudo e enfiei no bucho. Espirrou sangue pra todo o
lado. Para minha tristeza, descobri depois que um dos tiros disparados durante
a luta havia atingido Mônica. Seu corpo estava caído, ensanguentado, sobre o
tapete da sala.
Mônica não sobreviveu. Os vizinhos
ligaram para a polícia. Meia hora depois, eu estava sentado na mesa da cozinha,
explicando para os detetives toda a história. Eles elogiaram minha valentia,
disseram que estavam atrás daquele trafica há meses e lamentaram a morte
trágica da garota. Eu também fiquei muito triste, porque ela foi a única pessoa
que elogiou minha história das samambaias assassinas.
Quando os investigadores foram embora,
me senti ainda pior. Não só pela perda como pelo fato que eu não tinha Quiboa na dispensa para limpar o
sangue.
(continua...)
Fabiano Vianna
Brasileiro. Nasceu em Curitiba, Julho de 1975. Formado em Arquitetura e Urbanismo. Trabalha como diretor de arte, designer, ilustrador e escritor. Como escritor expressa sua literatura na forma de fotonovelas. Lançou em Outubro de 2009 a revista de literatura pulp, Lama. Em Junho de 2011, lançou a Lama nº 2. Gosta de Moleskines, fotonovelas, charutos, lambretas, gravatas, noir e literatura fantástica. Não fica nem um dia sem o café tradicional das padarias do centro da cidade. Mantém também o blog www.contosdapolpa.blogspot.com.
Brasileiro. Nasceu em Curitiba, Julho de 1975. Formado em Arquitetura e Urbanismo. Trabalha como diretor de arte, designer, ilustrador e escritor. Como escritor expressa sua literatura na forma de fotonovelas. Lançou em Outubro de 2009 a revista de literatura pulp, Lama. Em Junho de 2011, lançou a Lama nº 2. Gosta de Moleskines, fotonovelas, charutos, lambretas, gravatas, noir e literatura fantástica. Não fica nem um dia sem o café tradicional das padarias do centro da cidade. Mantém também o blog www.contosdapolpa.blogspot.com.
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