Fotos: Marco Novack
Estrelando: Dimis Sores, Carolina Fauquemont, Nika Braun & Wagner Corrêa
Arte: Marja Calafange
Figurinos: Day Bernardini
Maquiagem: Carol Suss
Assistente de Maquiagem: Grace Lee França
Apoio: Trio Luz
Agradecimentos : Raquel Deliberali, Ato 1 Lab, Eugênia Castello & Andrea Tristão
Marco Novack
Publica suas imagens no site: http://www.marconovack.com.br
Arte: Marja Calafange
Figurinos: Day Bernardini
Maquiagem: Carol Suss
Assistente de Maquiagem: Grace Lee França
Apoio: Trio Luz
Agradecimentos : Raquel Deliberali, Ato 1 Lab, Eugênia Castello & Andrea Tristão
Parte 6
– Final
Acordei cedo no outro dia para comprar produtos
de limpeza. Aproveitei também para reabastecer a geladeira com cerveja. Trouxe
logo dois engradados. Foi trabalhoso esfregar o piso e limpar o sangue. Não
sabia o quanto era difícil. Definitivamente é melhor usar veneno para matar as
pessoas. Enrolei o tapete e liguei para a lavanderia.
Daí sentei em frente ao computador, mas
não consegui escrever. Como a inspiração não veio, mandei um email para a
editora com as crônicas que havia escrito até então. Ainda não eram suficientes
para formar um livro, mas pelo menos dava para sacar o clima.
Abri uma lata e fui até a janela. O
mundo continuava em sua organicidade banal: os vizinhos passeando com cachorros
– entre bombas de cocô, na pracinha da Americanas,
o vendedor de gravatas dando encima da mocinha da Ótica, o mendigo que parece o
Gandalf, encostado no poste da
esquina. Olhei para as janelas do prédio e vi outras cenas habituais – tudo
matéria prima para novas crônicas.
Toca o telefone. Paro de lavar a louça e
fecho a torneira. É minha editora, dizendo que adorou as crônicas e quer marcar
uma reunião. Comenta a nefasta coincidência de terem morrido três escritores
que ela publicava. Combinamos de nos encontrar à tarde num café do Batel Soho.
Desligo e abro mais uma latinha. Não
acredito que enfim serei publicado!
Se isso acontecer, não precisarei mais
matar nenhum escritor.
“Poxa, mas era tão bom...e agora?”
Talvez seu eu bolar uma nova lista de
desafetos.
O atendente mal humorado do Café da Boca, que finge esquecer que eu
gosto de meu sanduíche de queijo e presunto esquentado na chapa, pode ser o
primeiro.
(fim)
Fabiano Vianna
Brasileiro. Nasceu em Curitiba, Julho de 1975. Formado em Arquitetura e Urbanismo. Trabalha como diretor de arte, designer, ilustrador e escritor. Como escritor expressa sua literatura na forma de fotonovelas. Lançou em Outubro de 2009 a revista de literatura pulp, Lama. Em Junho de 2011, lançou a Lama nº 2. Gosta de Moleskines, fotonovelas, charutos, lambretas, gravatas, noir e literatura fantástica. Não fica nem um dia sem o café tradicional das padarias do centro da cidade. Mantém também o blog www.contosdapolpa.blogspot.com.
Brasileiro. Nasceu em Curitiba, Julho de 1975. Formado em Arquitetura e Urbanismo. Trabalha como diretor de arte, designer, ilustrador e escritor. Como escritor expressa sua literatura na forma de fotonovelas. Lançou em Outubro de 2009 a revista de literatura pulp, Lama. Em Junho de 2011, lançou a Lama nº 2. Gosta de Moleskines, fotonovelas, charutos, lambretas, gravatas, noir e literatura fantástica. Não fica nem um dia sem o café tradicional das padarias do centro da cidade. Mantém também o blog www.contosdapolpa.blogspot.com.
Marco Novack
Publica suas imagens no site: http://www.marconovack.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário